As barras de proteína são uma escolha saudável?

As barras de proteína tornaram-se, nos últimos anos, uma presença constante nas mochilas de atletas, trabalhadores apressados e até nas prateleiras de supermercados “fitness friendly”.
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Com promessas de conveniência, saciedade e aporte proteico, têm sido promovidas como uma solução moderna para um problema antigo: como alimentar-se bem quando o tempo escasseia?
Mas será que estas barras são realmente uma escolha saudável para o nosso dia a dia?
1. O que está mesmo dentro da barra? A importância da composição nutricional
A proteína é, sem dúvida, o ingrediente estrela, mas nem todas as proteínas são iguais. As barras podem conter proteínas de origem animal, como o whey (derivado do soro do leite), ou vegetal, como as proteínas de soja, ervilha ou cânhamo.
Além disso, cada barra pode apresentar quantidades muito diferentes de açúcar, gordura e fibra. O truque está em ler o rótulo com atenção. Opte por barras com:
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Mais de 10g de proteína por unidade
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Baixo teor de gordura saturada
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Pouco ou nenhum açúcar adicionado
Ou seja, não basta que diga “proteína” na embalagem, é preciso ver o que mais está a acompanhar essa proteína.
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2. Açúcar: o inimigo silencioso
Um dos maiores “pecados” escondidos nestes produtos é o açúcar. Algumas barras, sob o disfarce de saudáveis, chegam a ter tanto açúcar quanto uma barra de chocolate convencional.
Dê preferência a barras adoçadas naturalmente (com tâmaras, por exemplo) ou com adoçantes naturais como o stevia ou eritritol. Evite aquelas com xarope de milho, frutose concentrada ou açúcar invertido, que nada contribuem para a saúde a longo prazo.
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3. O tamanho importa, e muito
Nem todas as barras têm a mesma dose. Algumas são pequenas e ideais para um snack, outras são quase uma refeição completa. Uma boa referência para um lanche equilibrado será uma barra entre 50 a 60g, com um teor proteico mínimo de 10g e não mais do que 200 kcal, dependendo do seu objetivo (emagrecimento, manutenção ou ganho de massa muscular).
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4. Quanto mais natural, melhor
Barras proteicas são, por definição, alimentos processados. Isso não as torna automaticamente más, mas exige cautela. Dê preferência a produtos com listas de ingredientes curtas e compreensíveis. Se parece um químico e não um alimento, pense duas vezes.
Evite barras com muitos aditivos artificiais, corantes, aromatizantes e conservantes. A natureza continua a ser a melhor fonte de nutrição.
Conclusão: Aliadas, sim, mas com critério
As barras de proteína podem ser uma excelente opção em momentos estratégicos: um pós-treino, um dia corrido sem tempo para preparar algo ou até como complemento num plano alimentar com carência de proteína. Contudo, não devem substituir refeições completas nem justificar uma alimentação pobre em alimentos frescos e naturais.
Como em tudo na vida (e na alimentação), o equilíbrio é a chave.
Antes de incorporar estas barras com regularidade no seu dia a dia, consulte um nutricionista. Só um profissional poderá ajustar a escolha à sua realidade, necessidades e objetivos.
Lembre-se: comer bem não tem de ser complicado, basta que seja consciente.
Para mais informações sobre a ingestão de proteína mais adequada ao seu caso particular, não deixe de falar com o seu personal trainer, ou agendar uma consulta de nutrição com o Dr. Jorge Guimarães (incluída no valor da sua mensalidade) para esclarecer todas as dúvidas. Se não é nosso sócio clique aqui ou contacte-nos através dos nºs 258 847 555 (Viana do Castelo)
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