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Porque é que não deve deixar de treinar no período de Verão

Muitas vezes as férias são mais uma desculpa para parar temporariamente (ou até mesmo definitivamente) o treino.

Devemos complementar este período de descanso com atividade física regular (descanso ativo), tal como corrida, caminhadas, ténis, padel, golf, nadar na praia, etc. num regime menos rotineiro para permitir uma retoma dos treinos mais suave e com menos perdas.

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Como sabemos, o músculo esquelético hipertrofia como resposta a um determinado período de atividade regular e contínua, e atrofia quando o treino se interrompe. Do mesmo modo, os ganhos em mobilidade articular obtidos, e mantidos ao longo de vários meses de treino regular de flexibilidade, perdem-se com a interrupção dos respetivos exercícios.

“Todas as alterações do organismo conseguidas através do treino têm uma duração definida. Isto significa que são transitórias e necessitam de um trabalho contínuo de solicitação para se manterem.”

 

É claro que há adaptações mais duradouras que outras, surgindo as alterações estruturais com maior possibilidade de permanência, mas mesmo nestes casos, aumento da cavidade auricular esquerda como resposta ao treino aeróbio, por exemplo, sofrem involuções importantes com a inatividade, embora não retornem exatamente ao nível inicial.

“O princípio da reversibilidade do treino declara que, do mesmo modo que a atividade física regular resulta em adaptações fisiológicas que permitem melhores desempenhos desportivos, interromper ou reduzir de um modo significativo o nível de treino, também leva a uma reversão parcial ou completa destas adaptações, comprometendo a capacidade de desempenho anteriormente mostrada.”

 

Após a interrupção da atividade física observam-se alguns efeitos no desempenho, designados por destreino, e que constituem processos de reversão das adaptações orgânicas provocadas pelo exercício sistemático.

Os efeitos mais óbvios são a rápida redução do VO2 max, do desempenho aeróbio e do limiar anaeróbio. Por outras palavras, ao reduzir a eficiência na utilização do oxigénio, mais rapidamente sentirá cansaço e falta de ar em atividades aeróbias como correr, pedalar, ou caminhar. Sensações muito comuns em todos aqueles que começam a exercitar-se após longos períodos de sedentarismo.

Mas qual o nível de exercício físico mínimo aconselhado em períodos de maior inatividade?

É provável que muitos atletas consigam manter o fundamental das suas adaptações aeróbias durante um período longo de tempo apesar de uma redução significativa da carga de treino. Para que isso aconteça, será conveniente manter alguma estabilidade na intensidade dos exercícios, reduzindo-a não mais de 20%, preservar a frequência de treinos semanais (não reduzir mais de 30%, ou seja, repousar 2 a 3 dias por semana em vez de um) e, deste modo, reduzir significativamente o volume, até 70-80% do que o atleta vinha fazendo no período imediatamente anterior.

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Como não podia deixar de ser, não se esqueça de ter sempre consigo água ou um bebida hidratante, pois nesta altura de calor a hidratação é ainda mais importante.

Por tudo isto, nestas férias, escolha as atividades que mais aprecia e não deixe de praticar desporto. Se puder, a melhor opção será sempre continuar a visitar-nos e manter a regularidade dos seus treinos. Pela sua saúde!

Se ficou com dúvidas, ou se sente normalmente alguma dificuldade em manter-se ativo no período de férias,  é provável que possamos dar uma ajuda 🙂  Basta clicar aqui ou contactar-nos através do nº 258 847 555 (Viana do Castelo) ou 258 938 554 (Ponte de Lima).

 

Referência bibliográfica: FMH – Teoria e Metodologia do Treino Desportivo