Burnout: quando o corpo e a mente dizem “basta”

Vivemos numa era acelerada, onde parar é quase um luxo. O trabalho exige sempre mais, as responsabilidades acumulam-se, e o descanso é constantemente adiado. Neste cenário, o burnout surge como um grito do corpo e da mente por equilíbrio.
A Organização Mundial da Saúde reconhece o burnout como uma síndrome causada por stress crónico, particularmente em contextos profissionais. Mas ele não se limita ao local de trabalho. Cuidar de familiares, lidar com problemas de saúde ou simplesmente viver num modo constante de “alerta” também pode levar ao esgotamento.
Mais de metade dos portugueses (57%) dizem já ter estado perto de sofrer um burnout, revela o STADA Health Report 2022. Mas há um caminho de regresso, e o movimento é uma das chaves.
1. O que é o burnout, e como o reconhecer
O burnout não é apenas cansaço: é uma exaustão profunda, física e emocional. Os sintomas mais comuns incluem:
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Fadiga crónica
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Tensão muscular e dores no corpo
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Perturbações do sono
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Imunidade fragilizada
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Apatia e irritabilidade
É um estado que afeta o corpo por inteiro. Mas é precisamente através do corpo que podemos começar a sair dele.
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2. O corpo em movimento: um aliado poderoso na recuperação
Se há algo que o burnout afeta profundamente, é a nossa energia vital. E não há melhor forma de a recuperar do que através da atividade física regular. O exercício é mais do que uma válvula de escape, é uma ferramenta terapêutica real.
Ao praticar atividade física, o corpo liberta endorfinas, serotonina e dopamina, substâncias naturais que reduzem o stress, elevam o humor e combatem a ansiedade. Mas os benefícios não ficam por aí. Através da prática de atividade física irá experimentar:
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Melhoria da qualidade do sono
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Aumento da clareza mental e da concentração
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Redução da tensão muscular
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Reforço do sistema imunitário
E o mais importante: a prática consistente devolve-nos uma sensação de controlo sobre o nosso próprio bem-estar, algo que o burnout tende a roubar.
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3. O papel dos ginásios na recuperação
Os ginásios oferecem mais do que máquinas e pesos — oferecem estrutura, ambiente e motivação. Num momento em que a energia mental está em baixo e a desorganização interna é grande, entrar num espaço onde tudo está pensado para o movimento e o desenvolvimento físico, pode ser profundamente regenerador.
Aqui estão algumas razões pelas quais o ginásio pode ser um pilar na recuperação:
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Rotina: ter um horário definido para treinar traz estabilidade e previsibilidade.
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Ambiente positivo: estar rodeado de pessoas focadas em cuidar de si mesmas gera motivação e sensação de pertença.
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Acompanhamento técnico: instrutores ajudam a definir limites saudáveis e a adaptar o treino à fase de recuperação.
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Diversidade de atividades: desde musculação, cardio, treinos funcionais até aulas mais suaves como alongamentos, pilates ou yoga.
Mesmo treinos leves, duas a três vezes por semana, podem marcar a diferença na energia e na autoestima.
4. Começar pequeno e com consistência
Se está em burnout, não é altura de fazer maratonas nem treinos intensos. Comece com o que for possível:
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15 minutos de caminhada na passadeira
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Uma aula de mobilidade ou yoga suave
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Um circuito leve com apoio de um instrutor
O importante é criar um ritual de movimento, não um castigo. No ginásio, pode encontrar esse espaço seguro para recomeçar, com apoio profissional e foco gradual na recuperação.
5. O burnout pede equilíbrio, não perfeição
Recuperar não é “voltar a ser quem era antes”, é tornar-se alguém que sabe ouvir o corpo, respeitar os limites e fazer com que cuidar da sua própria saúde seja uma prioridade.
Ao integrar o exercício físico e frequentar um ginásio, está a enviar uma mensagem clara a si mesmo: “Estou a investir na minha recuperação.” Esse gesto, repetido ao longo das semanas, transforma-se em força interior.
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Em resumo: movimento é medicina
O burnout ensina-nos que o ritmo alucinante não é sustentável. E que o caminho de volta à vitalidade passa por fazer menos, com mais intenção. Ao reconhecer os sinais, priorizar o descanso, procurar apoio e colocar o corpo em movimento, começamos uma nova etapa, mais equilibrada, mais consciente e mais saudável.
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