Os conselhos de saúde que já está cansado(a) de ouvir

Todos sabemos que precisamos ser mais ativos e seguir uma dieta saudável, mas a forma como alcançamos esses objetivos pode variar muito.

Ainda assim, não faltam os chamados conselhos úteis sobre como melhorar os nossos hábitos de vida. Aqui estão dois dos conselhos mais comuns, juntamente com versões mais realistas e práticas que pode, realmente, colocar em prática ainda hoje.

O Conselho: estacione o carro o mais longe possível da loja.

Seja honesto: já fez isto alguma vez? Provavelmente não. E saiba que não está sozinho. Se perguntar a inúmeras pessoas se elas já seguiram este conselho tão frequente, apostamos que raramente receberá uma resposta positiva.

Este clichê infinitamente repetido de estacionar mais longe da loja ao fazer recados tem uma falha crítica: a atividade física extra que faz não é agradável; afinal, quem gosta de fazer uma longa caminhada num parque de estacionamento?

Um conselho semelhante é “usar as escadas em vez do elevador”. Normalmente, só seguirá este conselho se usar as escadas for mais rápido do que esperar pelo elevador.

Como na espécie humana já não somos caçadores-coletores aos quais eram exigidas quantidades significativas de atividade física para aquisição de calorias de forma a garantir a sobrevivência, a atividade física na vida moderna precisa ser feita principalmente em coisas que gostamos. Torná-la mais atraente e não a associar a uma tarefa árdua e não prazerosa,  ajudará a garantir a sua participação regular.

Uma forma mais realista e prática:

Estacione o mais próximo possível da loja para que possa entrar e sair rapidamente.

Em vez de adicionar à força atividades físicas extra desagradáveis ​​​​no seu dia, cumpra as suas tarefas diárias o mais rapidamente possível. Desta forma irá libertar tempo adicional para algumas formas agradáveis ​​​​de atividade física.

Seja implacavelmente eficiente com a parte “tarefa” do seu dia. Irá comprovar que ao gerir as suas obrigações diárias desta forma, irá criar espaço na sua agenda para adicionar alguma atividade física agradável que não seja apenas exercício.

Quem sabe, não irá acabar por encontrar tempo na sua agenda para ser um visitante assíduo de um clube como o AXIS WELLNESS 🙂 ,  onde as diversas opções de treino, atividades físicas, e relaxamento o poderão ajudar a adicionar hábitos saudáveis agradáveis no seu estilo de vida.

O Conselho: Coma menos e exercite-se mais.

Se fosse assim tão simples. A fisiologia humana é complexa, mas somos irresistivelmente atraídos por soluções simples. Adoramos quando as coisas são simples, mas a vida raramente funciona assim.

O mal com os chavões amplamente aceites sobre saúde é que eles levam ao seguinte problema para aqueles que lutam consistentemente com problemas: se a saúde é simples e tem dificuldade em obtê-la, então deve haver algo errado consigo!

Esta conclusão é o resultado inevitável do seguinte processo de pensamento:

1- É simples ser saudável e entrar em forma. Tudo que tem a fazer é ____________________________________________. (Coloque neste espaço em branco qualquer conselho comum que ouça com frequência.)

2- Isto leva ao pensamento seguinte: “Estou a lutar para estar em forma e saudável e não consigo há muitos anos. Portanto, há algo inerentemente errado comigo.”

O conselho superficial de “comer menos e exercitar-se mais” é uma abreviação da equação do balanço de energia, que também é conhecida como “calorias consumidas vs. calorias gastas”. A falha na equação é que somos criaturas fisiológicas e psicológicas. Os defensores da equação do equilíbrio de energia geralmente descartam as preocupações das pessoas que não conseguem, com declarações como “É apenas física/química!”. Como disse H.L. Mencken: “Há sempre uma solução fácil para todos os problemas humanos: pura, plausível e errada!”.

O seu corpo não é um laboratório de física ou de química. Todo o ser humano tem pensamentos e sentimentos sobre o que acontece no seu organismo.

Um estudo poderoso ilustrou o quão importante é considerar a influência da psicologia na nossa fisiologia e como o nosso corpo processa calorias.

Quarenta e seis pessoas foram divididas em dois grupos e alimentadas com um dos dois batidos rotulados como “Indulgente” (620 calorias) ou “Saudável” (140 calorias).

Os investigadores mediram a resposta da grelina (uma hormona que estimula a fome) depois de os participantes consumirem o batido e descobriram que aqueles que consumiram o batido “indulgente” tiveram uma queda maior na grelina, como seria de esperar.

Uma semana depois, os grupos foram alimentados com o batido oposto ao que receberam inicialmente, e os mesmos resultados foram encontrados com as medições de grelina pós-consumo.

Aqui está o problema: todos os participantes foram alimentados com um batido idêntico de 380 calorias nas duas vezes. Os rótulos eram falsos. Assim, as diferentes respostas de grelina medidas seriam um resultado impossível se “fosse apenas química”.

Claramente, o que pensamos sobre o que estamos a ingerir pode influenciar a resposta do corpo e o processamento dos alimentos.

Uma forma mais realista e prática:

Conte calorias apenas por um breve período e somente se isso o ajudar a adquirir uma compreensão de quanto está a comer de forma consistente. A longo prazo, consuma alimentos de alta qualidade e que sejam efetivamente adequados ao seu organismo (recorra a um nutricionista para saber que mudanças deverá fazer nos seus hábitos alimentares) e coma até estar cerca de 80% satisfeito: obterá sinais mais precisos de saciedade, ingerirá mais nutrientes, e assim terá menor probabilidade de comer em excesso.

Adquirir hábitos saudáveis de vida pode por vezes ser difícil, quando já temos instaladas na nossa rotina múltiplas tarefas e obrigações familiares ou profissionais. O ideal é encontrar aquilo que realmente funciona para si.

No AXIS WELLNESS acreditamos que poderá encontrar um conjunto diversificado de atividades, que vão desde a musculação, aulas de grupo, natação, hidroginástica, pilates, ou treino personalizado passando por um SPA onde poderá relaxar e descontrair depois de um dia exigente, até um serviço de nutrição (incluído em todas as modalidades de adesão), onde poderá obter o aconselhamento e acompanhamento necessários para mudar os seus hábitos alimentares. 

Para saber como o podemos ajudar clique aqui ou contacte-nos através do nº 258 847 555 (Viana do Castelo) ou nº 258 638 554 (Ponte de Lima)

Referências:

Crum, A. J., Corbin, W. R., Brownell, K. D., & Salovey, P. (2011). Mind over milkshakes: Mindsets, not just nutrients, determine ghrelin response. Health Psychology, 30(4), 424-429. https://doi.org/10.1037/a0023467

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5 deficiências nutricionais que deve conhecer

Com uma alimentação equilibrada, é certamente possível que uma pessoa saudável obtenha todas as vitaminas e minerais de que necessita apenas nos alimentos. Os suplementos alimentares não substituem a ingestão de alimentos saudáveis. Em vez disso, eles destinam-se a fazer exatamente o que o seu nome indica – complementar uma dieta.

Há circunstâncias, no entanto, em que os alimentos que ingerimos podem não fornecer todos os nutrientes importantes que nosso corpo precisa, resultando numa deficiência nutricional. Aqui está um rápido resumo de cinco deficiências nutricionais que são mais comuns do que aquilo que imagina.

Vitamina D: o melhor amigo do cálcio

 

Quando se trata de deficiências nutricionais, a vitamina D é sem dúvida a mais comum. Um estudo de 2020 revelou que em Portugal 2 em cada 3 portugueses tem deficiência de vitamina D, valor que sobe para os 82%nos Açores. A grande maioria não atende aos níveis recomendados de ingestão de vitamina D. Isso provavelmente se deve ao fato de que não há muitas fontes naturais de vitamina D. Para além disso, os alimentos mais ricos em vitamina D, nomeadamente os lacticínios, vão sendo menos ingeridos à medida que se envelhece.

A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel que desempenha um papel importante na absorção do cálcio pelos ossos. É encontrada em peixes gordos como salmão, atum, sardinha  e cavala, bem como em certos tipos de cogumelos. O seu corpo produz vitamina D naturalmente quando a pele é exposta à luz solar, mas a maioria de nós não passa muito tempo ao ar livre, pelo que laticínios ricos nesta vitamina, como o leite e o iogurte, serão as suas melhores fontes alimentares de vitamina D. Adultos saudáveis dos 19 aos 70 anos devem ter como objetivo obter 15 microgramas de vitamina D por dia. Se os alimentos que ingere diariamente não fornecerem essa quantidade, o seu médico poderá sugerir um suplemento.

É muito importante deixar claro que a toma de suplementos alimentares ricos em vitamina D não é estritamente necessária e só está recomendada para casos específicos, como deficiência comprovada, síndrome de má absorção, insuficiência renal, entre outras. Optar pela auto suplementação é contraindicado, uma vez que pode correr o risco de suplementar sem necessidade ou em doses inadequadas. A alimentação e a exposição solar de 10 a 15 minutos por dia, sem proteção solar e com a maior quantidade de pele exposta possível, continuam a ser as melhores vias para manter os seus níveis de vitamina D adequados

Vitamina E: obtenha-a dos alimentos em vez de comprimidos

O próximo item da lista de nutrientes que poderá não estar a ingerir suficientemente é a vitamina E. Tal como a vitamina D, a vitamina E também é uma vitamina lipossolúvel, mas é encontrada em alimentos gordos, como nozes, azeite, manteiga, sementes e óleos vegetais.

Cerca de 94% dos adultos com mais de 19 anos comem menos do que a necessidade média estimada de vitamina E. Devido aos riscos potenciais à saúde associados a grandes doses de comprimidos de  vitamina E (como por exemplo os risco de hemorragia em quem toma anticoagulantes orais, ou a interferência com alguns tipos de fármacos como os antidepressivos), a suplementação generalizada não é recomendada de forma regular.

Em vez disso, mude a sua ingestão de alimentos para garantir que esteja a consumir uma variedade de gorduras saudáveis ​​que o ajudarão a aumentar os seus níveis de vitamina E proveniente de fontes alimentares que atendam às suas necessidades.

Faça com que o magnésio seja mais importante na sua dieta

O magnésio é um mineral que desempenha um papel em mais de 300 vias enzimáticas no seu corpo. Ajuda a produzir proteínas, controla o açúcar no sangue e a pressão sanguínea, a saúde dos ossos e é necessária para a produção de DNA, RNA e o antioxidante glutamina.

Apesar da sua posição de suprema importância no corpo, mais de 60% dos adultos com mais de 19 anos não atendem à necessidade média estimada de magnésio. Uma maneira de aumentar a sua ingestão é aumentar o consumo de vegetais de folhas verdes escuras e grãos integrais. Alimentos ricos em magnésio, como os cereais matinais, a batata-doce ou a banana também são uma boa fonte deste importante mineral.

Ferro: Muito importante, sobretudo para as mulheres

Estima-se que 20% da população portuguesa sofra de anemia, um problema ao qual nem os atletas escapam, e a deficiência de ferro é um problema de saúde generalizado, que afeta cerca de um terço da população mundial e um em cada três portugueses. Os utilizadores de suplementos de ferro tendem a ser predominantemente do sexo feminino, porque as mulheres correm maior risco de deficiência de ferro (e anemia por deficiência de ferro) devido a fatores biológicos, como a menstruação e a menor ingestão de alimentos ricos neste nutriente, como carne e peixe.

Pessoas com alto risco de ingestão insuficiente de ferro incluem bebés, crianças pequenas, adolescentes, mulheres grávidas e mulheres na pré-menopausa. Alimentos de origem animal, como carne e peixe são boas fontes da forma de ferro de fácil absorção.

Embora os alimentos vegetais contenham ferro, ele está na forma de ferro mais dificilmente absorvido pelo organismo. A dose diária recomendada para vegetarianos é 1,8 vezes maior do que para pessoas que comem carne. Se estiver preocupado com os seus níveis de ferro, verifique com seu médico, que poderá prescrever análises ao sangue e testar se tem deficiência ou anemia antes de recomendar que inicie qualquer suplementação.

A vitamina A é importante para mais do que apenas a sua visão

A vitamina A é bem conhecida pelo papel que desempenha na visão, mas também fortalece o sistema imunitário, o sistema reprodutor, e regula o crescimento e divisão celulares.

A carência em vitamina A é rara nos países desenvolvidos mas comum nalguns países em desenvolvimento e deve-se principalmente à falta de aporte ou à fraca absorção desta vitamina. Ocorre essencialmente em crianças com menos de 5 anos de idade devido a uma alimentação inadequada.

A carência nesta vitamina pode também causar pele seca e descamativa, perda de apetite, aumento do risco de infeções e atraso no crescimento.

Para além disso, a carência em vitamina A interfere com o metabolismo do ferro, levando à deficiência em ferro e por sua vez a anemia.

Podemos encontrar vitamina A no fígado e outras vísceras, ovos, alguns tipos de peixe como o salmão, vegetais de folha verde e outros vegetais verdes, laranja e amarelos como brócolos, cenouras e abóbora, tomates e frutas incluindo meloa, alperce e manga, e laticínios

Aumentar a variedade de alimentos vegetais e animais que come garante que obtenha as quantidades adequadas da tão importante vitamina A.

Se quiser saber mais sobre como fazer escolhas mais saudáveis na sua alimentação diária, ou simplesmente gostaria de esclarecer as suas dúvidas sobre alimentação e suplementação,  lembramos que o serviço de nutrição está incluído em qualquer modalidade de adesão aos nossos clubes. Para mais informações clique aqui ou contacte-nos através do nº 258 847 555 (Viana do Castelo) ou nº 258 938 554 (Ponte de Lima).

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5 razões pelas quais a maioria dos suplementos são um desperdício de tempo e dinheiro

Segundo um inquérito da Deco Proteste realizado em Maio de 2021, cerca de quatro em cada dez portugueses consumiram suplementos nos 12 meses anteriores, o que significa que 41% dos portugueses tomaram suplementos alimentares neste período.

Se nos focarmos nos EUA (o maior mercado do mundo de suplementos alimentares), a maioria dos adultos relata tomar um suplemento alimentar regularmente ou todos os dias. Este padrão de uso massificado tem vindo a aumentar, e os americanos gastam mais de 30.000 milhões de euros por ano em suplementos alimentares.

Mas só porque muita gente gasta quantias exageradas de dinheiro em produtos cada vez mais duvidosos isso não significa que também precise de o fazer!

Aqui estão cinco razões pelas quais a maioria dos suplementos dietéticos são um desperdício de tempo e dinheiro.

1.) Não precisa de suplementos

Já teve um amigo que come fast food, mas equilibra adicionando um refrigerante diet? Assim como o refrigerante diet não desfaz as más escolhas alimentares, os suplementos alimentares não substituem os padrões saudáveis de refeições e lanches. Como o próprio nome indica, os suplementos destinam-se a complementar, e não substituir, escolhas alimentares saudáveis e equilibradas.

Claro que é mais fácil tomar um comprimido do que cozinhar um prato equilibrado de alimentos ricos em proteínas magras, produtos frescos e cereais integrais. No entanto, a grande maioria dos adultos saudáveis pode (e deve) obter todos os nutrientes de que precisa apenas com os alimentos.
Certamente há circunstâncias em que um suplemento dietético é indicado, mas geralmente têm a ver com o tratamento de uma deficiência de nutrientes devidamente diagnosticada. Aqui estão algumas situações em que um suplemento pode ser útil:

  • Suplementos de ferro se diagnosticado com deficiência de ferro
  • Vitaminas pré-natais com ácido fólico antes e durante a gravidez
  • Vitamina B12 para veganos e idosos com baixos níveis de B12
  • Cálcio e vitamina D para pessoas que têm osteoporose ou que estão em risco de a vir a desenvolver
  • Flúor para bebés que vivem em áreas onde o abastecimento de água municipal não é fluoretado
  • Vitamina K em dose única profilática para recém-nascidos para prevenir sangramento
  • Ácidos gordos de Ómega-3 para pessoas com risco de doença cardíaca que não consomem peixe

2.) Alguns suplementos podem causar toxicidade

Num ambiente onde “mais” é frequentemente percebido como “melhor”, os consumidores tendem a pensar que se um suplemento fornece 100% das suas necessidades, então algo que fornece 1000% deve ser 10 vezes melhor. A verdade é que não funciona assim com os suplementos.

Não há dados que apoiem a megadosagem de suplementos para resultados de saúde. (A megadosagem é geralmente considerada a prática de consumir 10 vezes ou mais a quantidade recomendada de um suplemento vitamínico ou mineral). Mesmo vitaminas solúveis em água (que são excretadas pela urina se consumir muito) ainda pode ter efeitos negativos no seu organismo. Por exemplo, o nutriente solúvel em água da vitamina C pode causar diarreia e outros desconfortos gastrointestinais se consumidos em níveis elevados.

Se tomar suplementos vitamínicos e/ou minerais, é aconselhável ficar abaixo dos níveis toleráveis de ingestão superior do nutriente em causa. Esses níveis superiores informam sobre a ingestão diária máxima recomendada e são baseados na investigação disponível.

Os suplementos também podem prejudicar as pessoas que têm certas condições de saúde subjacentes ou que tomam medicamentos prescritos para essas condições. Por exemplo, alguém que toma o anticoagulante Varfine, usado na prevenção de tromboses, pode sofrer sérios danos se ingerir altos níveis de vitamina K, que promove a coagulação do sangue.

A eficácia de medicamentos aparentemente comuns pode ser alterada se tomada em conjunto com certos suplementos. Por exemplo, a contraceção oral para controlo de natalidade pode ser inativada se tomada com o suplemento Erva de João (suplemento muito utilizado no alívio de sintomas leves de ansiedade e tensão muscular). A erva de São João também pode interferir com outros medicamentos, incluindo antidepressivos, fazendo com que estes não funcionem conforme o esperado.

Mulheres grávidas e lactantes devem ser especialmente cautelosas com suplementos, incluindo suplementos de ervas. Embora tomar uma vitamina pré-natal com ferro e ácido fólico seja sempre uma boa ideia durante a gravidez, a capacidade de outros agentes em suplementos de atravessar a placenta ou ser transmitida pelo leite materno pode representar uma ameaça para o feto ou bebé. A maioria dos suplementos não foi testada em populações como mulheres grávidas e lactantes ou em bebés e crianças pequenas, pelo que os indivíduos desses grupos devem evitar tomá-los.

3.) Os suplementos não previnem doenças

Embora os suplementos sejam frequentemente confundidos com medicamentos (até porque muitas vezes são adquiridos nos mesmos locais), os suplementos não são medicamentos. De acordo com a Food and Drug Administration (FDA) – a agência encarregada de supervisionar a indústria de suplementos nos EUA – os suplementos “não são destinados a tratar, diagnosticar, mitigar, prevenir ou curar doenças”.

Se ler as letras pequenas na sua embalagem de suplemento, deverá encontrar essa declaração exata. Mas os fabricantes de suplementos têm grande liberdade na comercialização desses produtos, muitas vezes alegando a relação entre os seus produtos e um resultado de desempenho específico ou benefício para a saúde.

Embora existam certos benefícios de saúde que alguns suplementos podem efetivamente alegar, essas alegações são reduzidas, aplicando-se apenas a uma pequena fração dos suplementos que são realmente vendidos todos os anos.

Torne-se um consumidor informado e consulte a legislação nacional e europeia sobre suplementos alimentares que em Portugal é da responsabilidade da Direção Geral de Alimentação e Veterinária.

4.) Ingredientes e princípios ativos são frequentemente desconhecidos

Se é um utilizador regular de suplementos, procure refletir nos suplementos que toma. Pergunte a si mesmo: “Por que estou a tomar este suplemento? Existem dados baseados em evidências para apoiar o uso deste suplemento? Existe um corpo estabelecido de literatura publicada revista por pares que comprove que este suplemento funciona? ” E, por último, “Será que eu sei se o que diz que está no frasco está realmente no frasco do suplemento?”

Esta última pergunta leva-nos ao próximo ponto sobre por que a maioria dos suplementos é um desperdício de tempo e dinheiro: os fabricantes de suplementos não precisam divulgar as quantidades de ingredientes, ou às vezes até os ingredientes exatos dos seus produtos. Uma prática bem conhecida da indústria de suplementos é esconder-se atrás do termo “mistura proprietária”. Citando a proteção de ingredientes e fórmulas secretas, os fabricantes não são obrigados a divulgar quanto, ou mesmo o que está nas garrafas que vendem.

Para reconhecer os benefícios reais para a saúde, alguns produtos suplementares chegam a incluir medicamentos prescritos nos seus ingredientes. Extrato de arroz de levedura vermelha, que pretende controlar o colesterol, na verdade contém estatinas. As estatinas são medicamentos prescritos que não devem ser incluídos ou vendidos em suplementos de venda livre. Este suplemento ajuda a reduzir o colesterol, mas apenas porque inclui um medicamento de prescrição que foi desenvolvido para reduzir o colesterol.

No outro extremo do espectro, alguns ingredientes à base de plantas não contêm nenhum ingrediente ativo.

No manual “Nutrição no Desporto”, a DGS alerta para o facto de os suplementos alimentares não passarem “pelos criteriosos controlos pelos quais passam os medicamentos” e que existem mesmo “relatos em que o conteúdo do suplemento não corresponde ao descrito no rótulo”.

5.) Natural não significa nada

No mundo dos suplementos, não existe uma definição legalmente defensável para o termo “natural”. Na verdade, quando se trata da indústria de produtos naturais, a palavra “natural” na maioria das vezes não significa nada. A perceção de um produto de suplemento natural é que ele não é fabricado artificialmente. Isso é altamente irónico, uma vez que a grande maioria dos suplementos alimentares é criada sinteticamente em ambiente de laboratório e provavelmente não contém ingredientes naturais, à base de plantas ou não sintéticos.

Quando se trata de suplementos desportivos, a maioria é tão desnecessária quanto os produtos à base de plantas. Embora existam alguns dados para apoiar o uso de creatina em desportos que exigem picos de velocidade, ingerir um shake de proteína após o treino não constrói músculos por si só. A proteína dietética desempenha um papel na recuperação muscular, mas é o movimento repetitivo e o stress que o exercício provoca nesses músculos ao longo do tempo que constrói massa muscular, e não a sua bebida proteica.

Em resumo:

É fácil ficar assoberbado com a vasta gama de suplementos dietéticos e desportivos disponíveis no mercado. Mas só porque não ouviu falar de um suplemento “inovador” específico, ou só porque tem um nome impronunciável, isso não significa que precisa de ir a correr comprá-lo. O desempenho atlético excecional e a saúde ideal vêm do exercício físico devidamente prescrito, regular e consistente e de um corpo bem nutrido com uma alimentação saudável e equilibrada, e não por loções, poções ou comprimidos caros e inúteis.

Situações em que o consumo pode ser recomendado:

  • Atletas de alta competição;
  • Atletas com uma alimentação insuficiente para o alcance das suas necessidades nutricionais e objetivos de treino;
  • Pessoas com desequilíbrios nutricionais, que beneficiem de suplementação.

 

O uso abusivo de suplementação pode pôr em risco o metabolismo ósseo, renal e hepático, pelo que os suplementos nunca devem ser tomados de forma leviana, apesar de serem de fácil acesso.

Nunca deixe de consultar o seu médico, ou um nutricionista devidamente qualificado, e lembre-se que o suplemento adequado para o seu colega, amigo ou familiar pode não ser o mais indicado para si.

Procure um aconselhamento especializado e tire o maior partido dos benefícios que a suplementação lhe poderá proporcionar.

Se quiser saber mais sobre como fazer escolhas mais saudáveis na sua alimentação diária, ou simplesmente gostaria de esclarecer as suas dúvidas sobre alimentação e suplementação,  lembramos que o serviço de nutrição está incluído em qualquer modalidade de adesão aos nossos clubes. Para mais informações clique aqui ou contacte-nos através do nº 258 847 555 (Viana do Castelo) ou nº 258 938 554 (Ponte de Lima).

Referências:

5 Reasons Why Most Supplements are a Waste of Time and Money

Nutrição no Desporto – Direção Geral de Saúde

Suplementos Alimentares – Direção Geral de Alimentação e Veterinária

Suplementos Desportivos – Vantagens e Desvantagens

Portugueses consumiram mais suplementos alimentares durante a pandemia

Créditos da foto: <a href=’https://www.freepik.com/photos/take-medicine’>Take medicine photo created by jcomp – www.freepik.com</a>

Maximize o seu metabolismo e mantenha o seu peso sob controlo

O metabolismo é um sistema biológico complexo do corpo humano que é frequentemente explorado pelas indústrias da dieta e perda de peso. Na realidade, é um negócio de milhões de euros que cresce a cada ano, à medida que as pessoas procuram maneiras de acelerar a capacidade natural do corpo de queimar gordura.

Infelizmente, não há um impulsionador de metabolismo comprovado no mercado que faça o que tantas pessoas procuram. Existem, no entanto, maneiras de maximizar o metabolismo naturalmente e sem muito tempo, dinheiro ou esforço extra. É a soma de pequenas coisas que cria um corpo eficiente e saudável que acaba por queimar mais calorias e gordura.

Primeiro, é importante entender o que compõe o metabolismo do seu corpo e quais os elementos deste processo que estão sob o seu controlo. Simplificando, o metabolismo é o processo de como seu corpo utiliza o que consome (comida e bebida) e o converte em energia para todas as atividades da sua vida.

Grande parte da taxa metabólica de uma pessoa é programada e não pode ser alterada, como idade, sexo, altura, condições crónicas de saúde e genética. Por exemplo, um homem de 25 anos que tem 1,80 m de altura e não tem condições médicas subjacentes provavelmente tem um metabolismo mais rápido do que uma mulher de 50 anos que tem 1,5 m de altura e tem hipotiroidismo. Nenhuma destas pessoas pode alterar esses fatores biológicos que afetam o seu metabolismo. No entanto, há coisas que eles podem fazer que ajudarão a melhorar a sua taxa metabólica e, ao mesmo tempo, impactar positivamente sua saúde geral.

Agora que sabemos o que compõe o metabolismo de um indivíduo, é importante entender como o seu corpo queima calorias. Existem três formas principais:

  • Manter-se vivo – a sua taxa metabólica basal são as calorias necessárias para manter o seu coração a trabalhar, os pulmões a respirar, e todos os sistemas do seu corpo a funcionarem devidamente. Para a maioria das pessoas, isso representa 60-75% das calorias queimadas diariamente.

 

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  • Efeito térmico da alimentação – A digestão de alimentos e bebidas requer energia e aproximadamente 10% das calorias queimadas todos os dias são provenientes do que come e digere.

 

  • Atividade física – Esta é a energia queimada através do exercício e do movimento. É responsável por 15-30% de sua queima calórica diária, dependendo, é claro, de quão ativo é ao longo do dia.

 

Destas três maneiras de queimar calorias, aquela sobre a qual tem mais controlo é a atividade física, portanto, o movimento é fundamental para manter um metabolismo saudável. Para a maioria dos adultos saudáveis, segundo a OMS, são recomendados pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade física aeróbica de intensidade vigorosa por semana, ou uma combinação equivalente de ambos, mais pelo menos duas sessões de treino de resistência por semana.

Para aumentar a queima calórica durante esses treinos, considere adicionar o treino intervalado de alta intensidade (HIIT) à atividade cardiovascular e procure aumentar gradualmente o peso durante as atividades de fortalecimento muscular. Ambos podem aumentar o número de calorias queimadas durante uma sessão de treino.

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Existem também vários comportamentos no seu estilo de vida que podem ser otimizados para melhorar a eficiência metabólica do seu corpo, incluindo:

 

  • Alimentos e bebidas consumidos: Comer uma dieta equilibrada de alimentos integrais que inclua proteínas suficientes para o tamanho do seu corpo ajuda a promover um metabolismo saudável. Os especialistas recomendam que uma pessoa saudável média consuma aproximadamente 0,8 gramas de proteína por quilograma de peso corporal. A proteína fornece energia, ajuda a manter a massa muscular (que queima mais calorias do que a massa gorda) e mantém o seu corpo saciado para que seja menos provável que coma em demasia. Quando se trata de hidratação, recomenda-se que beba pelo menos dois litros de água por dia; esta quantidade deve ser aumentada durante o exercício ou se trabalhar num ambiente com temperaturas elevadas. Tal como a proteína, a água pode ajudar a mantê-lo cheio para evitar excessos e também ajuda na digestão e em outros sistemas corporais que ajudam a facilitar o metabolismo.

 

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  • Atividade física NEAT (Non-exercise activity thermogenesis) : Em inglês é a tradução de termogénese induzida por toda atividade que não é considerada exercício. O exercício é importante, mas é toda a outra atividade que desenvolve ao longo do dia que pode ajudar a queimar mais calorias e a aumentar o seu metabolismo. Aqui incluem-se atividades como passear o cão, limpar a casa, ir às compras a pé, ou brincar com os seus filhos, só para dar alguns exemplos.

 

  • Evite o stress; comece a dormir: o stress crónico e a falta de sono podem interferir em muitos sistemas do organismo, incluindo o metabolismo. Quando o seu corpo está em stress e privado de sono, ele liberta a hormona cortisol, que pode contribuir para um metabolismo mais lento. Além disso, quando em estado de stress ou exaustão, pode não ter energia ou interesse para se exercitar, o que diminui as calorias queimadas a cada dia. Para gerir o stress e o sono, certifique-se de reservar um tempo para o descanso e autocuidado, use a respiração e a meditação para combater o stress e crie uma rotina melhor para dormir de forma a garantir que tenha pelo menos sete a oito horas de sono profundo.

 

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Embora o metabolismo seja uma função complexa no corpo e seja único para cada pessoa, existem hábitos e comportamentos simples que podem promover uma melhor queima calórica e ajudá-lo a viver de forma mais saudável.

Para saber mais sobre os nossos clubes clique aqui ou contacte-nos através do nº 258 847 555 (Viana do Castelo) ou 258 938 554 (Ponte de Lima)

Créditos da foto:<a href=”https://br.freepik.com/fotos-gratis/desportista-posando-em-roupas-esportivas-isoladas-em-cinza_15586524.htm#fromView=search&page=6&position=30&uuid=26359c6d-c051-453a-8cfb-2d68662cd33b”>Imagem de serhii_bobyk no Freepik</a>

Dicas a ter em conta na hora de lavar a sua roupa de treino

Com as temperaturas exteriores a subir, suar enquanto treina é perfeitamente normal. Conhecendo este problema os fabricantes de vestuário desportivo,  desde há muitos anos, trabalham em produtos com elevada capacidade de absorção e secagem para que se sinta mais confortável durante o treino.

Com este objetivo em mente, a maioria das roupas de treino hoje em dia é feita de tecidos sintéticos, como nylon, elastano, acrílico ou poliéster, o que significa que deve lavá-la de maneira um pouco diferente do resto da roupa.

Siga as nossas dicas  para ajudar a manter a sua roupa de treino em condições perfeitas.

  • Deixe as roupas suadas respirarem antes de lavar

É muito tentador colocar todas as suas roupas suadas e fedorentas no cesto da roupa suja assim que regressa do treino, mas isso não é uma boa ideia. Este tipo de tecidos têm uma grande capacidade de absorção e secagem, tendo muito maior propensão a conservar os odores. No cesto da roupa suja, sem espaço para respirar e para o suor evaporar, o cheiro e as bactérias podem permanecer e piorar com o tempo, além de serem ainda mais difíceis de lavar.

  •  Vire a roupa do avesso

As bactérias que produzem odores acumulam-se em qualquer lugar quente e húmido. Como tal, as suas axilas são o seu “território” favorito. Além disso, antitranspirantes e desodorizantes podem acumular-se nas axilas do seu equipamento de treino. Para dar à sua máquina de lavar a melhor probabilidade de remover tudo isso, vire as suas roupas do avesso antes de colocá-las na máquina para lavar. Isso também ajudará a proteger o aspeto das suas roupas favoritas.

  •  Use menos detergente

Se as suas roupas cheiram mal, é muito tentador usar muito detergente para ficarem ainda mais bem cheirosas. Mas muito detergente fará com que o produto se acumule, que na prática funciona como um abrigo para as bactérias, criando rapidamente odores persistentes. Por vezes, as suas roupas cheiram bem quando acabam de sair da máquina de lavar, mas ficam logo fedorentas quando as volta a usar. Isso ocorre porque as bactérias multiplicam-se devido ao calor e à humidade do corpo, ajudando a criar o ambiente perfeito para elas. Tente usar metade do detergente que usaria normalmente. Se a sua roupa já está com esse problema, coloque a sua roupa de molho com meio copo de vinagre por cada 5 litros de água. Em seguida, lave as roupas normalmente.

  • Não use amaciador

As fibras sintéticas não precisam de amaciador como os tecidos naturais. Na verdade, este produto pode acumular-se em algumas roupas e levar a que as bactérias permaneçam em determinados sítios (á semelhança do que acontece quando usamos demasiado detergente). Assim, mesmo depois de lavar e cheirar bem inicialmente, o equipamento começará a cheirar mal logo depois de usá-lo um pouco. Se lavar elastano,  o amaciador deixará  um resíduo que pode tirar o brilho da cor e atrair bactérias mal cheirosas.

  • Evite o calor na lavagem de roupa com elastano

O calor degrada as partes elásticas de suas roupas, incluindo leggings. Considere lavar com uma temperatura máxima de 30°C para manter as suas roupas em boas condições. Um estudo recente  sobre a lavagem com temperaturas mais baixas descobriu que, se usar um detergente líquido, deve obter bons resultados. Se pretender engomar a sua roupa desportiva, aconselhamos que escolha  uma temperatura baixa e deve evitar fazê-lo nas peças elásticas.

  • Evite a máquina de secar!

Dependendo da informação presente na etiqueta da roupa, por norma seque a roupa naturalmente ao ar, e evite a máquina de secar roupa pois o calor desta deteriorará rapidamente os tecidos, sobretudo os elásticos.

Siga estas dicas e irá sentir-se ainda mais confortável ao vir treinar nos nossos clubes. Para mais informações sobre as nossas condições de adesão clique aqui ou contacte-nos através do nº 258 847 555 (Viana do Castelo) ou nº 258 938 554 (Ponte de Lima).

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Benefícios nutricionais da batata-doce

A batata-doce cada vez mais faz parte da alimentação diária de muitos portugueses, pois para além de ser deliciosa, apresenta um elevado valor nutricional, fornecendo mais de 90% dos nutrientes necessários ao organismo, como os hidratos de carbono, a fibra, a vitamina A, a vitamina C, o ferro, e o potássio.

Trata-se de um tubérculo de cor alaranjada ou arroxeada e sabor adocicado, originário da América Central, com uma enorme riqueza nutricional, que lhe confere propriedades benéficas a nível da saúde.

Comparativamente à batata comum, a batata-doce é mais calórica, por conter mais açúcar. Contudo, tem praticamente o dobro da fibra, sendo composta essencialmente por fibra solúvel, que confere saciedade e atrasa a absorção dos açúcares. Tem ainda muitos benefícios adicionais para a sua saúde.

 

Principais benefícios da batata-doce

 

Estimula a produção de melanina na pele

Antioxidante benéfico ao nível da visão e que estimula a produção de melanina na pele que além ser a proteína responsável pela cor da pele, ajuda a proteger o DNA das células contra a radiação ultravioleta emitida pelo sol.

Propriedade antioxidante

O elevado teor em vitaminas antioxidantes (A, C e E) confere à batata-doce propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, contribuindo para a estimulação do sistema imunitário e maior resistência a infeções;

Melhora o sistema cardiovascular

Permite a redução da absorção de colesterol devido ao seu elevado teor em fibra, havendo estudos que comprovam que apresenta uma função de vasodilatação semelhante ao mecanismo de ação do agente farmacológico acetilcolina;

Propriedade antidiabética

A fibra solúvel atrasa a absorção dos açúcares, conferindo à batata-doce um Índice Glicémico (IG) inferior ao da batata comum, o que permite uma maior regulação dos níveis de açúcar no sangue;

Propriedade antiulcerogénica

A batata doce apresenta uma função gastroprotetora semelhante ao mecanismo de ação do agente farmacológico omeprazol.

Propriedade anticancerígena

Vários estudos demonstraram que o consumo de batata doce permite reduzir o risco de cancro da mama, colorretal, renal e da vesícula biliar devido às suas propriedade citotóxicas e anticancerígenas.

Ajuda na perda e/ou regulação do peso corporal

Pelo seu menor índice glicémico, pela sensação de saciedade prolongada que proporciona e pelo sabor adocicado que pode substituir o consumo de doces;

A batata-doce é muito consumida pelos desportistas pela libertação lenta de açúcar no sangue, e é um alimento muito versátil, podendo ser confecionada de diversas formas: cozida, assada, em puré, frita, como alternativa no prato principal à batata comum, do arroz, da massa, etc. Pode ainda ser utilizada na confeção da base das sopas.

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Se quiser saber mais sobre como fazer escolhas mais saudáveis na sua alimentação diária, ou simplesmente gostaria de esclarecer as suas dúvidas sobre alimentação,  lembramos que o serviço de nutrição está incluído em qualquer modalidade de adesão aos nossos clubes. Para mais informações clique aqui ou contacte-nos através do nº 258 847 555 (Viana do Castelo) ou nº 258 938 554 (Ponte de Lima).

Referências:

Mohanraj, Remya, and Subha Sivasankar. “Sweet Potato (Ipomoea batatas [L.] Lam)-A valuable medicinal food: A review.” Journal of medicinal food 17.7 (2014): 733-741.

Blog Hospital dos Lusíadas:  Batata Doce – 8 benefícios para a saúde 

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Não praticar exercício durante 1 semana é equivalente a 7 noites mal dormidas

Não praticar exercício durante uma semana tem o mesmo impacto negativo no estado de espírito de uma pessoa que sete noites mal dormidas, de acordo com um estudo da ASICS.

No entanto, apenas 15 minutos e 9 segundos de atividade física podem desencadear uma mudança positiva no estado mental, segundo o mesmo estudo.

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O estudo ASICS Uplifting Minds envolveu milhares de participantes em todo o mundo.

O professor Brendon Stubbs, investigador do movimento e da mente, monitorizou as pontuações do estado de espírito de participantes saudáveis ​​que concordaram em fazer uma pausa nas suas rotinas regulares de exercício durante apenas uma semana. Os resultados foram significativos, impactando tanto no bem-estar cognitivo quanto o emocional.

Quando as pessoas ativas deixaram de se exercitar, a sua confiança caiu 20%, o seu otimismo caiu 16%, os níveis de energia caíram 23% e a capacidade de lidar com o stress mostrou uma redução de 22%.

De facto, após apenas uma semana sem exercício, a pontuação geral de humor dos participantes caiu em média 18%, passando de 68 em 100 no período em que praticavam atividade física para uma pontuação medíocre de 55 em 100 durante o intervalo do exercício.

Os efeitos dessa inatividade são capturados no filme do experimento Mind Race asics.com/mindrace, que acompanhou um grupo de participantes do estudo.

Mas há boas notícias. Os participantes foram monitorizados quando voltaram à sua rotina de exercício e todos mostraram melhorias imediatas no seu humor, o que mostra a rapidez com que os efeitos negativos da inatividade podem ser revertidos.

Stubbs também analisou dados de milhares de pessoas que participaram do estudo ASICS Uplifting Minds desde junho de 2021. O estudo usa tecnologia para capturar o impacto do exercício no humor das pessoas. Com base em dados de vários desportos e regiões do planeta, apenas 15,09 minutos de exercício podem afetar significativamente o nosso estado mental.

“Sabemos que o exercício é bom para a nossa saúde mental, mas o impacto de descansar e retomar o exercício é menos claro”, disse Stubbs. “Agora, graças à nova tecnologia e à contribuição de milhares de pessoas, podemos identificar quanto exercício é necessário para desencadear um impacto mental positivo.

Este estudo ASICS ajuda a quantificar a quantidade de exercício necessária para melhorar a saúde mental e torna essa quantidade mais tangível. Tirar um tempo para descansar é muito importante. O estudo demonstra que o bem-estar das pessoas se recupera muito rapidamente quando as pessoas retornam ao exercício regular após um período de descanso”.

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Aulas de grupo aeróbicas mais eficazes na saúde mental de pessoas com obesidade

Embora a atividade física ofereça benefícios à saúde mental para todos, o melhor tipo de atividade para melhorar o humor varia de acordo com o peso e as comorbidades.

Investigadores de um estudo publicado recentemente no Journal of Affective Disorders examinaram a relação entre tipo, frequência e duração da atividade física em pessoas com obesidade e com uma grande diversidade de doenças crónicas associadas.

Embora a atividade física seja fundamental para o controlo do peso e para reduzir os sintomas de ansiedade e depressão, adultos com múltiplas comorbidades podem não ser capazes de realizar as mesmas atividades que adultos saudáveis ​​ou mesmo um adulto com obesidade que não tenha outras condições crónicas de saúde.

Aprofundar o tipo de atividade mais benéfica para pessoas com limitações físicas pode ajudar a informar sobre o melhor tratamento.

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Para comparar a eficácia de vários tipos, frequências e duração das atividades em adultos com obesidade, com e sem comorbidades, os pesquisadores usaram dados transversais do Behavioral Risk Factor Surveillance (BRFSS), uma sondagem telefónica repetida direcionada a adultos com 18 anos ou mais anos nos Estados Unidos. Foram recolhidos dados entre 2011 e 2019 (somente anos ímpares), resultando em 871.949 participantes para a análise.

Destes, 43,82% eram saudáveis, 10,09% eram obesos sem comorbidades crónicas, 11,81% eram obesos com 1 comorbidade e 34,8% eram obesos com 2 ou mais comorbidades.

Caminhar foi a atividade mais popular entre todos os grupos. O exercício aeróbico e o treino de força tiveram os maiores benefícios de saúde mental para indivíduos saudáveis ​​(21,92%, 20,46%, respetivamente).

Enquanto corrida, caminhada e ciclismo especificamente foram associados aos maiores benefícios de saúde mental em adultos saudáveis, os vídeos e aulas de aeróbica, golfe e natação beneficiaram os indivíduos com obesidade e com 1 comorbidade (22,14%, 20,75%, 19,64%, respectivamente).

Para indivíduos com obesidade e 2 ou mais condições crónicas, somente os vídeos e aulas aeróbicas (19,6%) melhoraram a carga de saúde mental em mais de 17%.

Os investigadores também notaram uma curva em forma de U entre a frequência do exercício, duração e saúde mental. Quer isto dizer que, muito pouco exercício e muito exercício foram associados a piores resultados de saúde mental. Os pacientes que se exercitavam por cerca de 40 a 50 minutos, 3 a 4 vezes por semana, relataram as pontuações de saúde mental mais positivas.

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A natureza autorrelatada das respostas pode ter levado ao viés de recordação. As perguntas sobre a carga de saúde mental e o IMC podem não ter refletido com precisão os estados de saúde mental e a obesidade clínica.

No entanto, os resultados do estudo podem ajudar médicos e clínicos a fazer recomendações de atividades mais direcionadas para indivíduos com obesidade. “É importante fazer diferentes estratégias de atividade física para pessoas com obesidade e comorbidades crónicas relacionadas à obesidade para maximizar a melhoria da saúde mental das pessoas”, concluíram os autores do estudo.

Se pretende saber mais informações sobre as nossas aulas de grupo clique aqui e conheça a nossa oferta.

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Referência: Xu P, Huang Y, Hou Q, et al. Relationship between physical activity and mental health in a national representative cross-section study: Its variations according to obesity and comorbidityJ Affect Disord. 2022;308:484-493. doi:10.1016/j.jad.2022.04.037

 

Conheça os hábitos que tem de mudar para prevenir a hipertensão arterial

A hipertensão arterial ou pressão arterial alta caracteriza-se pela força exercida pelo sangue contra as paredes dos vasos sanguíneos, que depende da força do coração para bombear e da resistência dos vasos sanguíneos. Deste modo a pressão arterial elevada pode aumentar o risco de doenças cardíacas, derrames, e por vezes levar à morte.

De acordo com vários estudos, estima-se que a nível da Europa, 30-45% da população tem HTA e Portugal não é exceção a estes números.

Classificação

A pressão arterial pode dividir-se em: pressão arterial sistólica ou “máxima” na qual há contração do coração que envia o sangue para todo o corpo, e a diastólica ou “mínima” na qual há relaxamento do coração, voltando-se a encher de sangue.

Caracteriza-se pressão arterial alta quando um dos valores de PA, sistólica ou diastólica, ou os dois são iguais ou superiores a 140/90mmHg e pressão arterial normal quando os valores são inferiores a 130/84mmHg.

Causas

Existem diversos fatores que podem contribuir para a hipertensão arterial, no entanto em muitos casos é resultado de uma condição latente. Indivíduos com diabetes, doença renal, Síndrome de Cushing causado pelos corticosteroides, hipertiroidismo, feocromocitoma (cancro raro de uma glândula adrenal, hiperplasia adrenal congénita, gravidez, obesidade, apneia do sono, falta de atividade física, o excesso de sal na alimentação, consumo exagerado de bebidas alcoólicas, alimentação rica em gorduras, baixa ingestão de potássio, o stress, a genética, idades avançadas, entre outros estão mais vulneráveis a desenvolver esta condição.

Sintomas

Regra geral, a hipertensão arterial não provoca quaisquer sintomas nos primeiros anos de doença. Nalguns casos, pode manifestar-se através de sintomas como cefaleias, tonturas, mal-estar difuso, visão desfocada, dor no peito ou sensação de falta de ar, sintomas estes que são comuns a muitas outras doenças. Contudo, com o passar dos anos, a pressão arterial elevada acaba por lesar os vasos sanguíneos e alguns órgãos vitais (cérebro, coração, rins) podendo provocar alguns sinais e sintomas relacionados com estas complicações.

 

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A alteração de hábitos e estilo de vida pode prevenir o aparecimento de hipertensão arterial, tais como:

 

  • A prática de exercício físico regular no mínimo 5 dias por semana;
  • redução do stress (meditação, yoga, caminhadas, etc);
  • Diminuição do consumo de álcool e tabaco;
  • Manutenção do peso corporal adequado;
  • Utilização de medicação em determinados casos;
  • Implementação de uma dieta alimentar equilibrada, reduzindo o sal na alimentação para menos de 5g por dia, aumentando o consumo de frutas e vegetais, de grãos integrais ricos em fibras, feijões, leguminosas e nozes, óleos vegetais como azeite, peixes ricos em ómega 3, laticínios com baixo teor de gordura, aves e peixes sem pele e reduzir gorduras trans, gorduras animais e óleos vegetais hidrogenados.

 

PODE TER INTERESSE EM LER: EXERCÍCIO E HIPERTENSÃO – EFICÁCIA SEMELHANTE À MEDICAÇÃO

O AXIS WELLNESS tem programas de exercício clínico especialmente desenhados para esta patologia, e conta com personal trainers devidamente habilitados para prescrição de exercício compatível com as necessidades dos nossos cliente hipertensos. Para mais informações sobre esta e outras patologias, em que o exercício físico atua como coadjuvante terapêutico, assim como para saber o plano de treino mais adequado para si clique aqui ou contacte-nos através do 258 847 555 (Viana do Castelo) ou 258 938 554 (Ponte de Lima)

 

Referências bibliográficas:

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O consumo de chocolate faz bem à saúde?

O chocolate teve origem no México e, começou por ser utilizado como afrodisíaco, acessível apenas aos mais influentes e ricos. Anos mais tarde, e devido ao seu alto preço, o chocolate foi substituído pelo café e pelo chá como a bebida principal. No entanto, em última análise, o chocolate tornou-se um dos doces favoritos na maioria dos países desenvolvidos da Europa à América do Norte.  Nos dias de hoje o cacau é cultivado principalmente na África Ocidental, Brasil, Equador, Indonésia e Sri Lanka.

Atualmente, o cacau, componente do chocolate, tem recebido atenção por se verificar que quando se consome de forma diária e moderada há uma menor prevalência de aterosclerose, diabetes tipo 2 e hipertensão.

Os efeitos do cacau devem-se em parte aos antioxidantes que este contém, como por exemplo os polifenóis presentes neste em maior quantidade do que no chá e no vinho. Estes têm efeitos inibitórios na ação dos radicais livres, podendo por este motivo ter um efeito protetor no desenvolvimento de cancro.

Devemos ter em atenção que existem polifenóis em quantidades apreciáveis em outros alimentos para além do chocolate como em chás (em particular no chá verde), em hortícolas e em frutas com diferentes absorções pelo organismo. Por exemplo, nos tomates, nos legumes de folha verde, nas laranjas, nos alperces (bom fornecedor) e nas cebolas (em quantidades apreciáveis). Existem quantidades interessantes na maioria dos frutos e hortícolas, sobretudo se consumidos com casca.

Assim, se procura um alimento protetor da saúde, a incluir diariamente na sua alimentação pela sua riqueza em antioxidantes e com baixo valor energético, a sua escolha deverá recair sempre sobre outros alimentos como por exemplo os hortícolas e fruta.

Lembre-se que além das substâncias benéficas, o chocolate apresenta também quantidades elevadas de gordura e açúcar tornando-se um importante fornecedor de calorias quando consumido regularmente e em grandes quantidades.

Mas se gosta do sabor do chocolate, e quer manter uma alimentação saudável não abdicando deste prazer, escolha o que considera de melhor sabor, desde que o faça com moderação e considerando as diferenças nutricionais entre as diversas opções:

Os valores indicados referem-se a 100 g de produto.

O que se verifica, conforme a tabela, é que o chocolate preto apresenta maior quantidade de gordura e uma menor quantidade de açúcar em relação ao chocolate de leite e ao branco, pelo que se torna um chocolate com mais calorias. No entanto, o cacau apresenta uma menor quantidade de açúcar em relação ao chocolate preto.

Apesar do chocolate preto ter uma maior percentagem de gordura este não é apenas cacau, sendo uma mistura entre manteiga de cacau e cacau, podendo ainda serem adicionados óleos e açúcar.

Assim sendo, porque é que na nossa dieta alimentar devemos dar prioridade a um chocolate com uma maior quantidade de cacau?

Em primeiro lugar deve-se ao facto de ter uma maior quantidade de cacau e por sua vez ter uma maior quantidade dos compostos apresentados, nomeadamente de antioxidantes e minerais. Por outro lado, tem uma quantidade menor de açúcar em relação aos outros chocolates, pelo que é menos “viciante”. E por fim por ter um teor de gordura superior, esta torna-se mais saciante.

No entanto, para evitar o consumo de açúcar e gordura, mantendo o sabor do chocolate pode optar por cacau em pó ou cacau em pepitas.

Apesar dos benefícios enumerados, devemos ter em atenção a quantidade adequada que devemos ingerir de chocolate diariamente e para isso o ideal será recorrer sempre à ajuda de um nutricionista.

Se quiser saber mais sobre como fazer escolhas mais saudáveis na sua alimentação diária, ou simplesmente gostaria de esclarecer as suas dúvidas sobre alimentação,  lembramos que o serviço de nutrição está incluído em qualquer modalidade de adesão aos nossos clubes. Para mais informações clique aqui ou contacte-nos através do nº 258 847 555 (Viana do Castelo) ou nº 258 938 554 (Ponte de Lima).

Referências bibliográficas:

1 – Latif, R. Chocolate/cocoa and human health: a review. The Netherlands journal of Medicine. 2013:71:63-8.

2 – Lee KW, Kim YJ, Lee HJ, Lee CY. Cocoa has more phenolic phytochemicals and a higher antioxidant capacity than teas and red wine. J Agric Food Chem. 2003;51:7292-5.

3 – Vinson JA, Proch J, Zubik L: Phenol antioxidant quantity and quality in foods: cocoa, dark chocolate, and milk chocolate. J Agric Food Chem. 1999;47:4821-4.

4 – O chocolate e a saúde – Programa nacional para a promoção de uma alimentação saudável

Créditos da foto: <a href=’https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/cacau-chocolate’>Cacau chocolate foto criado por freepik – br.freepik.com</a>